It's the law!
Num artigo sobre o apoio duplo de Berlusconi a Bush, e como este acreditou de facto que a Itália apoiava a invasão do Iraque, Umberto Eco falava da ingenuidade americana dando como exemplo o facto de na fila de taxis do JFK para a City, bastou-lhe dizer que era uma emergência para toda a gente acreditar e poder apanhar o taxi passando toda a gente à frente.
Esta ingenuidade (entre outras coisas) é especialmente latente na relação com as Instituições de Poder e a Lei. Enquanto que para os Europeus é normal que o Estado (ou a Igreja) regule e se intrometa em todos aspectos da nossa vida, e que lhes atribuamos a culpa de tudo o que de mal nos acontece, para os americanos o melhor que o Estado pode fazer por eles é não lhes cobrar impostos, mesmo que isso implique que não existam quase gastos sociais...
Mas por outro lado, a relação com a Lei é exactamente inversa. Enquanto que para nós, a lei serve para ser quebrada - aqui talvez o termo de comparação seja mais portugal :) – e aquele que consegue tornear a lei, seja nos impostos, numa fila de trânsito, num sinal vermelho etc – é o mais esperto, para os americanos a lei é quase um dado adquirido sem qualquer sentido crítico...e o simples facto de ser lei é razão serve perfeitamente de coacção, o que para nós é um bocado estranho....ainda para mais, reconhecem ao estado legitimidade para não permitir que se fume em qualquer local fechado, incluindo os locais de trabalho, ou que não se beba bebidas alcoólicas na rua, o que em portugal onde o estado tem uma intervenção muito superior, seria completamente inimaginável...
Por exemplo, enquanto que para nos convencerem a usar o cinto na estrada, o estado sente a necessidade de avisar para os perigos que pode ter para a nossa vida não o usar, as estradas aqui têm quase sempre o aviso “Buckle up NY – It’s the Law”. E esta lógica aplica-se a quase tudo: “No Smoking – It’s the Law”, “Clean up after your dog – it’s the Law”, “Use the trash cans – it’s the law”, etc…
Muito estranha esta gente, para quem só por ser lei, é razão para cumpri-la....
Esta ingenuidade (entre outras coisas) é especialmente latente na relação com as Instituições de Poder e a Lei. Enquanto que para os Europeus é normal que o Estado (ou a Igreja) regule e se intrometa em todos aspectos da nossa vida, e que lhes atribuamos a culpa de tudo o que de mal nos acontece, para os americanos o melhor que o Estado pode fazer por eles é não lhes cobrar impostos, mesmo que isso implique que não existam quase gastos sociais...
Mas por outro lado, a relação com a Lei é exactamente inversa. Enquanto que para nós, a lei serve para ser quebrada - aqui talvez o termo de comparação seja mais portugal :) – e aquele que consegue tornear a lei, seja nos impostos, numa fila de trânsito, num sinal vermelho etc – é o mais esperto, para os americanos a lei é quase um dado adquirido sem qualquer sentido crítico...e o simples facto de ser lei é razão serve perfeitamente de coacção, o que para nós é um bocado estranho....ainda para mais, reconhecem ao estado legitimidade para não permitir que se fume em qualquer local fechado, incluindo os locais de trabalho, ou que não se beba bebidas alcoólicas na rua, o que em portugal onde o estado tem uma intervenção muito superior, seria completamente inimaginável...
Por exemplo, enquanto que para nos convencerem a usar o cinto na estrada, o estado sente a necessidade de avisar para os perigos que pode ter para a nossa vida não o usar, as estradas aqui têm quase sempre o aviso “Buckle up NY – It’s the Law”. E esta lógica aplica-se a quase tudo: “No Smoking – It’s the Law”, “Clean up after your dog – it’s the Law”, “Use the trash cans – it’s the law”, etc…
Muito estranha esta gente, para quem só por ser lei, é razão para cumpri-la....
posted by Bruno G. Lobo at 8:54 PM
0 Comments:
Post a Comment
<< Home