Monday, February 13, 2006

Na Segunda-Feira após o discurso perante o Congresso, Bush apresentou o seu orçamento de $2,77 triliões onde propôs um aumento de 6,9% em gastos militares, 1,3% em Segurança Nacional, ao mesmo tempo que propôs cortes de 2,3% na Saúde e Serviços Sociais e 3,8% em Educação. Mais extraordinário ainda, propôs que os cortes que efectuou nos impostos dos mais ricos fossem tornados permanentes (!) depois de já ter conseguido que o seu maior impacto só seja sentido depois de acabar o seu mandato.

Isto, convém lembrar ao mesmo tempo que prevê um deficit de $400 biliões depois de ter herdado de Clinton um orçamento excedentário.

Para mim uma das coisas que me mais me espanta é simplesmente uma coisa destas ser possível apresentar em público e não haver uma revolução. Imaginem o Sócrates a chegar ao Parlamento e dizer: “Vou cortar na saúde e educação, aumentar os gastos militares e quero que os cortes que efectuei nos impostos dos mais ricos e cuja maior fatia só vai ser sentida quando acabar o meu mandato, seja tornada permanente!”

Eu acho que excepto talvez no Reino Unido pós-Tachter e outras tentativas que se vão fazendo na Europa de Leste (por exemplo na Polónia) o eleitorado Europeu nem sequer concebe que um discurso destes seja possível!

Pois bem, não só é, como mais uma vez a oposição Democrata não consegue elaborar nada convincente.

Faço uma sugestão:

“Bush assassinou milhares de americanos, e fez com que mais ainda ficassem abaixo do nível de pobreza e sem acesso a serviço sociais mínimos só para continuar a favorecer os lóbbis militares e do petróleo”

Mas depois lembro-me que todas as pessoas afectadas são pobres e a maior parte pertence a minorias étnicas.

E isso aqui não funciona.

Na terça o Times publicou uma notícia a dizer que a política de recrutamento do exército ia começar agora a focar-se mais nos hispânicos...

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