Saturday, April 22, 2006

Conforme mencionei aqui a propósito dos protesto muçulmanos motivados pelos cartoons dinamarqueses, a imagem que grupos como o Hamas ou o Hezbollah têm no Ocidente é por vezes injusta, ao centrar-se apenas no seus braços armados. Isto deve-se ao facto de que o papel destas organizações não se resume a resistência, mas consiste principalmente na prestação de serviços sociais às populações, o que permitiu por exemplo que o Hamas subisse ao poder na Palestina.

Como é sabido esta imagem tem prejudicado bastante a formação do novo Governo, originando o corte do financiamento Europeu e Americano, com efeitos trágicos para uma Administração falida, devido à corrupção da gestão da Fatah de Yarafat. Neste sentido, a principal questão resultante das eleições Palestinianas era exactamente saber que face dominaria o novo governo.

Como referiu o editorial do NY Times de Quarta-Feira passada, sua reacção aos ataques suicidas da Jihad Islãmica deram a resposta. Rejeitando posições ratificadas por anteriores Governos palestinianos, aplaudiu os ataques, contrastando com a reacção de Ehud Olmert, que decidiu não responder com um ataque em larga escala.

Mais ainda, como menciona o referido artigo, esta posição não só é imoral, mas é principalmente irresponsável ao assumir que Estados muçulmanos financiarão o seu funcionamento (neste caso, o Irão e o Qatar deram ambos 50 milhões de dólares), tendo em conta o seu historial neste tipo de compromissos e principalmente as urgentes necessidades financeiras do Governo Palestiniano, nomeadamente no pagamento de salários aos seus funcionários públicos.

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