Saturday, April 22, 2006

Também na Quarta-feira, a propósito das recentes disputas internacionais sobre o programa nuclear do Irão e um artigo publicado a semana passada na “The New Yorker”, afirmando que os Estados Unidos não só consideravam o uso da força, mas tinham já homens no terreno, Thomas L. Friedman argumentava que, dada a ineficácia da via diplomática e clareza das intenções do governo iraniano, o mundo tinha apenas duas hipóteses: ou um Irão nuclear ou um Iraque II. Tendo em conta o que na sua opinião implicaria cada opção, ele escolheria um Irão nuclear.

Esta opção era baseada na incompetência demonstrada por esta Administração Americana e principalmente por Donald Rumsfeld, que apesar dos recentes comentários de generais que participaram na guerra, continua firme no seu lugar.

O ano que passei no Japão e as pessoas do Médio Oriente com tive oportunidade de conviver fizeram mudar bastante a minha opinião sobre aquela esta parte do mundo. Principalmente tomei consciência da brutalidade dos regimes presentes no Irão e na Síria, e todo o tipo de estratégias concebidas pelos seus governos para se manterem no poder. Isto fez-me acreditar que o Ocidente pode de facto desempenhar um papel positivo na promoção de mudanças e se um País como o Irão infringe leis internacionais para obter armamento nuclear e o seu presidente declara que o Holocausto nunca existiu e Israel vai desaparecer da face da terra, parece-me que a opção de uso da força justifica-se.

No entanto, concordo perfeitamente que não só as intenções para os Estados Unidos invadirem o Iraque eram tudo menos humanistas, mas a incompetência demonstrada durante a invasão e desde então não augurariam nada de bom, ainda para mais tendo em conta que o Irão possui um armamento muito superior ao Iraquiano.

Suponho que a minha pergunta é: não podemos ter uma mudança de regime nos Estados Unidos e depois no Irão?

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