Wednesday, January 17, 2007

took my harm everytime we walked together in New York, Paris and London and cannot sleep unless I am with her. Lives on Rue Paradis in Marseille.
a human is an animal suspended in webs of significance he himself has spun. clifford geertz

Monday, October 02, 2006

"Since we are part of nature, it seems to me human beings are very much about the perpetual exploration of novelty." David Harvey

Saturday, August 19, 2006

oh well, off to London...:)

Tuesday, August 15, 2006

Tomara que você caia na minha praia :)

Sunday, July 30, 2006

We'll have Manhattan
the Bronx and Staten
Island too.
It's lovely going through
the zoo!

It's very fancy
on old Delancy
street you know.
The subway charms us so
when balmy breezes blow
to and fro.

And tell me what street
compares with Mott Street
in July?
Sweet pushcarts gently gli-ding by.

The great big city's a wonderous toy
just made for a girl and boy.
We'll turn Manhattan
into an isle of joy.

Tuesday, July 25, 2006

A Possibilidade de uma Ilha

Embora Michel Houellebecq seja porventura o maior escritor do nosso tempo, o poeta do pós-fordismo; não inspira em mim (ao contrário de um Rushdie ou de um Auster) qualquer espécie de admiração. Muito antes pelo contrário, para mim não passa de um descarado.

Monday, June 19, 2006

London

Wednesday, June 14, 2006

Space cake brake on the Titicaca lake
Got some more in Ecuador
Stole a car in the streets of Panama
Went too far in Bogota

A little weak, a little pale today
Looks like it's time, for that certain holiday

A little weak, a little pale today
Looks like it's time, for that certain holiday

A little weak, a little pale today
oh well, off to London...:)
"Whatever you plan to do: start planning to enjoy these unique 10 days in London"
LONDON ARCHITECTURE WEEK AND LONDON ARCHITECTURE BIENNALE June 16-25th
Architecture Week in London and the London Architecture Biennale are delighted to be working together to create a fantastic 10-day long festival celebrating architecture in our capital city.

To make it easier for you to plan your time and choose what you want to do you can search for an event London-wide or choose from the Biennale or Architecture Week listings.

The London Architecture Biennale takes place in the Biennale area stretching from Borough Market in Southwark to the British Library in King's Cross. Other Biennale venues include Smithfield House (LAB HQ), Sadler's Wells, the Barbican, Southwark Cathedral and the German Gynmasium. Click on to the Biennale logo for more information.

Meanwhile Architecture Week in London will happen across the city from the Freud Museum, Natural History Museum to a tour of traditional pubs and events in your own neighbourhood.

MODERNISM: DESIGNING A NEW WORLD 1914-1939
This major exhibition at the V&A is the first to explore Modernism in the designed world from a truly international perspective and in terms of all the arts.
Victoria & Albert Museum

DESIGNING MODERN BRITAIN Dec 3, 2005 - Nov 26, 2006
From London Transport's pioneering 1930s design programme and the 1951 Festival of Britain, to the Haçienda in 1980s Manchester and the plans for the London 2012 Olympics, you can see how design has shaped modern Britain.
Design Museum

FUTURE CITY Jun 15 - Sep 17, 2006
Radical and experimental architecture from 1956-2006.From extraordinary houses and incredible towers, to fantasy cityscapes and inhabitable sculptures, Future City showcases the most radical and experimental architecture of the past 50 years.
Barbican Center

Friday, June 02, 2006

(...)
Sometimes, too, as Eve was created from a rib of Adam, a woman would be born during my sleep from some strain in the position of my thighs.

Conceived from pleasure I was on the point of consummating, she it was, I imagined, who offered me that pleasure.

My body, conscious that its own warmth was permeating hers, would strive to became one with her, and I would awake.

The rest of humanity seemed very remote in comparison with this woman whose company I had left but a moment ago; my cheek was still warm from her kiss, my body ached beneath the weight of hers.

If, as would sometimes happen, she had the features of some woman whom I had know in waking hours, I would abandon myself altogether to the sole quest of her, like people who set out on a journey to see with their eyes some city of their desire, and imagine that one can taste in reality what has charmed one’s fancy.

And then, gradually, the memory of her would dissolve and vanish, until I had forgotten the girl of my dream.
(...)
Proust.

Wednesday, May 31, 2006

Indulgence: New York

Tuesday, May 09, 2006

Nas ultimas semanas faleceram duas pessoas que influenciaram grandemente o meu pensamento: a jornalista e escritora Jane Jacobs e o professor de economia de Harvard Kenneth Gailbrath.

Descobri a Jane Jacobs e o seu “Death and Life of Great American Cities” no 4.º ano da faculdade na disciplina de construções pela mão do professor João Guterres. A sua leitura foi uma completa revelação e mostrou-me que arquitectura e o urbanismo eram muito mais do que uma questão de gosto, capricho e economia e não só tinham um poder transformativo, como também o potencial de influenciar positivamente a qualidade de vida das pessoas. Juntamente com as minhas viagens, ela é uma das principais razões pelo meu entusiasmo por cidades e pela experiência urbana.

Em muitos aspectos, Nova Iorque é a sua cidade. Não só estudou na Universidade de Columbia, como viveu em Greenwich Village (onde fica a White Horse Tavern da famosa fotografia a fumar um cigarro e a beber uma cerveja) e com o seu famoso activismo político enfrentou o todo-poderoso Robert Moses e conseguiu salvar a Christopher Street e Washington Square de serem arrasadas para ele poder passar mais uma das suas auto-estradas elevadas. A escala humana e diversidade de partes de Nova Iorque e de outras cidades um pouco por todo o mundo devem-se ao pensamento e activismo desta extraordinária personalidade.

De Kenneth Gailbriath li o seu famoso “The Affluent Society” de 1958 e nova edição escrita em 1996 “The Good Society” em que explica o modo como os Estados Unidos se transformaram de um País de quintas e oficinas num oligopólio de grandes corporações obcecadas com a produção de bens de consumo, e cuja necessidade de crescimento produziu toda uma cultura orientada para a expansão da procura interna e no processo transformou radicalmente o mundo em que vivemos e os nossos valores colectivos e individuais. Um aspecto que admiro especialmente na sua obra é a proposta sistemática de medidas baseadas na sua análise, contrariando a tendência académica de manutenção na “Ivory Tower”.

Não só antecipou o movimento ambientalista por uma década como chamou a atenção para a necessidade de formas de regulação sustentadas por fortes instituições colectivas de modo a guiar e compensar as deficiências e desequilíbrios produzidos pelo mercado. Principalmente foi um dos arquitectos principais dos programas da “Great Society” do Presidente Lyndon Jonhson.
Um aspecto importante na falta de eficácia do Ocidente em conter as ambições nucleares do Irão e o genocídio do Sudão é o papel que estes países desempenham como fornecedores de petróleo à China.

Como é sabido, apesar de tradicionalmente o dragão asiático ser energicamente auto-suficiente, a abertura consciente dos seus mercados ao comércio internacional pelo Partido Comunista como estratégia de manutenção no poder fez crescer exponencialmente as suas necessidades de petróleo e matérias primas. Consequentemente, desde 1993 a China tem percorrido o mundo em procura de fontes de petróleo e como a grande maioria está já tomada (principalmente pelos Estados Unidos), grande parte da sua actividade tem-se centrado em países com governos autocráticos como o Irão, Sudão, Myanmar e alguns países africanos.

O caso do Sudão é particularmente chocante porque em troca de petróleo (60% do petróleo Sudanês vai para China) o governo chinês tem financiado e fornecido as armas que têm permitido a pilhagem de Darfur, e assassinio de milhares de pessoas e até a invasão de Chad.

Neste sentido é especialemente irónico que a aquando da visita do Presidente Hu Jintao, Bush se tenha preocupado principalmente com o valor da moeda chinesa (a China é a principal financiadora do deficit desta administração) e que por exemplo a Liga Árabe e a imprensa não se pronunciem sobre a morte de pelo menos 300000 muçulmanos. Serão cartoons dinamarqueses mais ofensivos?

Monday, May 08, 2006

A recente lei aprovada no Estado de Massachussets, estabelecendo a adopção de direitos de saúde universais vem reforçar a reputação do Estado como o mais liberal (no significado americano da palavra) da América e aprofundar ainda mais a disparidade entre a América “Vermelha” e “Azul”.

Esta disparidade é especialmente latente na ideologia política dos regimes eleitos em cada Estado. Por exemplo, enquanto que Estados como Massachussets, California, Rhode Island ou Maryland têm aprovado leis legalizando o casamento homossexual, incentivando a “stem cell research”, controlo de emissões de gases poluentes e uso controlado de marijuana como tratamento médico, no outro extremo do espectro, em Estados como Idaho, Georgia ou Texas, é proibido o casamento e adopção entre casais do mesmo sexo e quase todo o tipo de abortos para além terem introduzido a teoria do “intelligent design” nos curriculos escolares.

As razões para esta disparidade são extremamente diversas e ajudam a perceber o complexo sistema político e cultural presente nos Estados Unidos. Para além das diferentes economias, geografias e histórias, um factor importante é o carácter federal do País e o papel tradicionalmente fraco atribuído ao governo central, constituído depois da maior parte dos Estados e baseado numa Constituição concebida em reacção à forte centralização do sistema britânico.

Este tradicional papel fraco que ao longo da história (embora com variações importantes) o governo federal tem desempenhado nas políticas locais, em favor do individualismo e iniciativa privada, é um aspecto fundamental da constituição da identidade americana.

Um consequência desta promoção da competição (entre estados, cidades, empresas, indivíduos) em detrimento da cooperação é a responsabilização dos “actores” que competem no “mercado” pelo seu bem-estar e a consequente desresponsabilização do estado pela providenciação do mesmo. Este aspecto é importante porque cria um sistema ideológico de auto-responsabilização que tem legitimizado ideologias neoliberais ( aumentando exponencialmente a polarização social e territorial no País, criando 25 milhões de pobres e 50 milhões de saúde sem acesso ao sistema de saúde) sem originar conflictos sociais graves.

Enquanto que na Europa culpamos o Estado pelo que de mal nos acontece, aqui o Estado culpa-nos a nós.