Sunday, April 23, 2006

Stephen Walt da Universidade de Harvard e John Mearsheimer da Universidade de Chicago publicaram recentemente um artigo no London Review of Books denominado “The Israel Lobby” com dois argumentos: que o apoio acrítico a Israel não tem servido os interesses dos Estados Unidos, e que a política externa Americana tem sido altamente influenciada pelo lobbi israelita no país.

Os autores argumentam que esta influência, atribuída ao “American Israel Public Affairs Committee” e várias organizações judaicas com sede nos Estados Unidos tem permitido que Israel seja o maior recipiente de ajuda externa americana, que a política externa israelita seja aceite acriticamente pela Casa Branca e até providenciado motivação extra para intervenção no Médio-Oriente.

Interessante também é o facto de que a controvérsia que a publicação do artigo gerou não teve reflexo nos Estados Unidos, onde foi recebido com total silêncio.No Times, Tony Judt, argumenta que isso se deve a receios de acusações de anti-semitismo.

Eu tenho as minhas dúvidas. Passeando por Manhattan, vendo os currículos dos meus professores, a secção de negócios do NY Times, fico sempre com a sensação que este país é dominado por judeus, e que esta administração em muitos aspectos é apenas uma sua extensão.

Silêncio apenas porque não é relevante discutir o óbvio.

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